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Este microbook é uma resenha crítica da obra: Diário de um Grávido
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN: 978-85-88641-10-5
Editora: Mescla Editorial
Nos momentos que antecederam a fatídica conversa sobre a gravidez com Ana, a sua companheira, Renato sentia o coração tão disparado, que julgou estar prestes a sofrer um ataque cardíaco (o que não seria, necessariamente, uma má ideia: pois, ao menos, aliviaria sua ansiedade).
Após toda a turbulência inicial, mas ainda com alguma taquicardia, Kaufmann revelou à parceira que não sabia se estava realmente pronto para ser pai. Ele chegou, até mesmo, a questioná-la se ela teria o bebê mesmo sem ele.
Era o suficiente para o autor imaginar um filho sem pai no mundo, seguidos por um forte impulso de proteção e uma fisgada em seu peito. Não obstante, essa seria a primeira de inumeráveis que ainda viriam, compondo uma marca indelével da paternidade.
A despeito do choque, Renato conta que não é muito difícil com a ideia de se tornar pai, desde que exista tempo necessário para tal. O problema é que, para ele, o tempo necessário para ir, tranquilamente, da notícia da gravidez ao primeiro ultrassom deveria ser de, pelo menos, 2 anos. Doce ilusão!
Após 10 dias sem dormir direito, descansar, desacelerar ou interromper os diálogos internos (constituídos, basicamente, de interjeições de euforia, surpresa e assombro), Kaufmann teve que ir conhecer o seu feto – o célebre “olho-no-ovo”.
Naquele instante, Renato ainda não tinha se dado conta de que ele recebera a notícias a somente 10 dias, mas o feto já era mais velho. Uma vez que há uma contagem maluca das semanas da gravidez, ficou só esperando a realização do ultrassom para perguntar: “Desde quando você está aí, ouvindo tudo, hein, seu feto?”.
Para o autor, as mulheres trazem, em seu interior, uma pequena fábrica de pessoas. Nesse sentido, ele demonstra espanto a respeito de como algo tão complexo pode parecer tão simples.
Talvez, seja por isso que as mulheres se gabam de que homens não sabem o que é nutrir e abrigar uma vida, mantendo aquela “aura” mágica, feminina e ultraexclusiva. Isso, contudo, não é bem verdade, pois os homens abrigam tênias e lombrigas que, embora sejam devidamente nutridas e abrigadas, dificilmente serão chamadas de “Júnior”.
Mesmo assim, Renato tem a impressão de que isso não é, digamos, exatamente o mesmo...
De acordo com a revista Veja, desde o nascimento até a universidade, os custos de criar um filho podem chegar a R$ 1.600.000! Isso, é claro, para as famílias de classe média (ainda existem?).
Quem sabe você pode economizar com sua filha ou filho impedindo que ele pratique hipismo ou assegurando que a criança seja uma estudante dedicada o bastante para entrar na universidade pública.
Enquanto essas e outras hipóteses passavam pela cabeça do autor, ele se deparou com outra pesquisa. Segundo esta, um bebê pertencente à classe média custa, no Rio de Janeiro, cerca de R$ 53 mil. Bem, isso já é possível, nem que seja dividido em infinitas parcelas.
Contudo, a saída real não se resume a ganhar dinheiro, mas decair de classe social. Como Renato ainda não tinha pensado nisso? Existem pessoas muito pobres e com muitos filhos, todos criados no princípio da igualdade. Se ele descesse de classe, por exemplo, para a extrema pobreza, todo o processo seria gratuito!
Kaufmann fica surpreso ao notar como o pequenino feto impõe um calendário apressado em tudo que o circunda. Em menos de uma semana desde que ficou sabendo que seria papai, sua mãe ofereceu um macacãozinho amarelo de presente. Desse modo, ela cumpriu o destino invariável de todas as mães: dar um choque de realidade no filho!
Ao vislumbrar a primeira roupinha, o conceito adquire consistência e o futuro papai começa a visualizar um bebezinho que caiba nisso. Foram poucos dias, mas o pequeno já contava com roupa para vestir e um coração batedor.
O autor relata que seus amigos e parentes frequentemente perguntam-lhe se “a ficha já caiu”. É claro que já, entretanto, não se trata de uma única ficha, mas todo um reino de fichas intermináveis.
A companheira de Renato apresenta um ligeiro problema de tireoide e passa a tomar um remédio que, salvo engano, se chama “sem tireoide”. Ela realizou diversos exames e um deles constatou que essa glândula não estava adequadamente regulada.
Como um bom pai de primeira viagem, Kaufmann fez um rápido “doutorado” via Google sobre as implicações da tireóide desregulada sobre a gravidez. Resultado: ele quase morreu de preocupação.
O ginecologista acompanhava todas as glândulas da grávida. Mas, levando-se em conta que sua moral não estava elevada após o “fiasco do anticoncepcional” que originou a presente obra, resolveram consultar uma endocrinologista.
Esta, por sua vez, recomendou que Ana comesse mais, pois estava muito magra para uma grávida. O autor fingiu que o conselho também se aplicava a ele e, assim, implementou a “gravidez solidária”.
Renato ainda não havia se habituado inteiramente com a ideia, mas, mesmo assim, as perguntas não paravam. Uma das que mais o inquietou era: “você assistirá ao parto?”. Dizem que apenas os pais podem assistir. Na sequência, perguntam qual foi o dia da concepção.
Depois, perguntam sobre nomes. A vontade de Kaufmann era de agarrar o interlocutor, chacoalhá-lo, dar uns tabefes ou qualquer outra coisa que pudesse fazer com que eles parassem com tanto atropelo.
Por razões óbvias, ele desiste e tenta responder: caso seja menino, poderá se chamar Calvino-Gaiman-Murakami, Copérnico-Asimov, Nietzsche-Schopenhauer, “Ei, você!”, Milquechêiquiçon, Raskolnikaufmann ou Uiliket.
Se for menina, boas opções podem ser encontradas em Xiboquinha, Uilikit, Sofia (Daputa), Fractal ou Psiu, que tem a vantagem de ser um nome neutro. Essas respostas devem ser dadas, afinal, quem manda fazerem tantas perguntas?
No final das contas, o autor já pode contar com a felicidade de alguns amigos: finalmente, alguém da turma terá ainda menos cabelo do que eles. Secretamente, Renato torce para que seu bebê não tenha alergia aos seus gatos, Lacan e Mao Tse-Tung. Do contrário, seria muito triste enviá-los a um abrigo, o pequeno bebê e a pobre mãe.
Pense de novo. Os bebês, basicamente, choram. Todo o leite que recebem pode ser facilmente convertido em serviços domésticos. Enquanto o autor motivava Ana a comer mais, seguindo as recomendações da endócrino, recebeu, via e-mail, a fotografia de um bebezinho japonês que usava uma roupa similar a um esfregão.
Muito inteligente e prático: basta uma roupinha dessas e, presume o autor, um bebê japonês, para a casa ficar limpinha. À medida que a grávida não é japonesa, um bebê japonês criaria sérios problemas.
Bem, o pânico instaurou-se mais em Renato. Porém, não é uma sensação similar a um medo exagerado e fora de controle. Externamente, ele demonstrava tranquilidade com todo esse processo, exceto por algumas situações de algo que somente pode ser chamado de “síndrome do pânico”, alguns pesadelos que o fizeram acordar encharcado em suor e uma taquicardia extrema, daquelas que parecem que o coração sairá pela boca.
Somado a isso, sua hipocondria insistia em fazê-lo crer que estava diante de uma perigosa arritmia. Felizmente, ninguém se deu conta de seu estado interior – ao não ser alguns vizinhos que, supões, ouvem o seu bruxismo de madrugada.
O autor considera bom que ninguém note tanta insegurança, pois o encheriam de conselhos, de exemplos de vidas alheias, paralelos e histórias supostamente reconfortantes que apenas pioram as suas sensações.
É fundamental, para Renato, que as pessoas entendam que não é como se ele estivesse sendo pai pela primeira vez (embora, estivesse), mas como se ele fosse o primeiro indivíduo no mundo a ter uma filha ou filho.
Kaufmann se sentia como se ninguém tivesse tido filhos no passado e tudo o que existe servisse apenas como um preparativo para esse momento tão dramático, grandioso e muito legal.
Não é fácil evitar a sensação, contudo, de estar sendo atropelado pela própria vida e de ser atingido por ondas gigantescas que o arrastam ao mar. Era como se montasse um cavalo alucinado e sem rédeas ou sela. Enquanto isso tudo se passava dentro da mente do nosso autor, sua companheira vivenciava uma tranquilidade bucólica, similar aos poemas árcades.
Antes do nascimento, o bebê já ocupa espaços impressionantes em nossas vidas. Quando Renato se deu conta, o feto já tinha 3 meses e, dentro de pouco tempo, começaria a ser capaz de ouvir, isto é, seria necessário falar com ele, a fim de evitar que ele só se acostumasse com o timbre de voz da mãe.
Falar com uma barriga, por outro lado, é somente um degrau a menos em estranheza o que o popular “fale com minha mão”. O que ele deveria dizer? “Oi, pequeno ser. Como vai? Tudo molhado e quentinho por aí, presumo?” Creio que só o Aquaman é capaz de se comunicar realmente com os bebês.
No primeiro trimestre, a gravidez consiste em um tipo de ditadura hormonal. Semelhante a uma TPM, entretanto, ainda mais imprevisível. Todas as vezes que a Ana saia na rua, o autor sentia medo. Afinal, ela podia arrumar confusão com qualquer um: o motorista que faz uma curva perigosa e não dá sinal, outro que tenha parado em cima da faixa de pedestres ou a moça que trabalha na padaria e não aceita cheques.
Isso para não mencionar outras mil coisas que podem ocorrer com o bebê em uma situação dessas. Portanto, no começo, há um grande medo da paternidade, ou seja, de acontecer algo ruim para a mãe ou a criança: o medo se instaura totalmente só de pensar nessa possibilidade.
No passado, as mulheres eram consideradas exclusivamente responsáveis pela criação de filhos, ao passo que, aos homens, caberiam o papel de serem os grandes provedores de seus lares.
Felizmente, isso vem mudando aos poucos. Isso significa que os pais de hoje participam mais ativamente da vida de suas crianças – o que faz toda a diferença na criação dos filhos.
Se você for pai, certamente se identificou com, pelo menos, algumas das inquietudes de nosso autor. O mais importante é que você tenha em mente que não basta interagir com o seu filho aos finais de semana ou conferir as notas da escola.
A manutenção desse contato deve visar, antes de mais nada, a construção de um sólido laço de confiança e, também, a imposição de regras e limites, além de valorizar sua criança nos momentos certos.
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Renato Kaufman transforma o que vivera em um livro completo e importante, "Diário de um grávido", e comenta como é a experiência da gravidez, a partir dos olhos do homem. O... (Leia mais)
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